Os Vários Tipos de Esquecimento


O esquecimento é o ato de esquecer / perder o que temos na nossa memória

Esta é uma ação involuntária que pode ser momentânea ou permanente.


É bastante comum pensarmos ou dizermos frases como:

  •          “Sinto que me estou a esquecer de algo importante.”
  •          “Esqueci-me de algo, mas não sei o que foi.”
  •          “Tenho a sensação de que esqueci de algo em casa, mas não sei o quê."

O esquecimento dá-se quando não nos lembramos de algo que devíamos ter em mente. Aquilo que esquecemos, na verdade, não desaparece (as pessoas tendem a lembrar-se que se esqueceram de algo), mas passa para o plano inconsciente.  


Existem inúmeros fatores que são propícios ao esquecimento, como quedas ou golpes na cabeça (que podem causar amnésia), a alteração do aparelho psíquico (por uma doença como a esquizofrenia) e os problemas fisiológicos (como um mal desenvolvido no sistema nervoso).


A mente tem também a capacidade de bloquear recordações que sejam dolorosas para o sujeito. Deste modo, embora pareça que este tenha esquecido algo (como um acidente na sua infância), na realidade, a única coisa que o seu psíquico fez foi passar essa recordação para um plano inacessível ao modo consciente.


O esquecimento não é uma doença mas um processo relacionado com a memória, embora lesões e doenças o possam agravar profundamente.


Este possui uma função seletiva, dado que sem o esquecimento, muita informação inútil ou desagradável não seria afastada da memória, o que perturbaria a nossa adaptação à realidade.



Os Vários Tipos de Esquecimento


Esquecimento Regressivo

O esquecimento regressivo ocorre quando nos surgem dificuldades em:

  • Reter novos materiais / nova informação;
  • Recordar conhecimentos, factos e nomes aprendidos recentemente.

Este tipo de esquecimento deve-se à degeneração dos tecidos cerebrais, sendo especialmente sentido por pessoas de idade mais avançada.



Imagem de https://www.pinterest.com/pin/549439223267584827/  


Esquecimento Motivado

Tal como o nome indica, o esquecimento motivado significa que esquecemos algo pois temos razões (estamos motivados) para tal, habitualmente porque uma recordação é desagradável e perturbadora, como um relacionamento passado que não terminou bem.






Este esquecimento resulta de um recalcamento, sendo que se trata de um modo inconsciente que o ser humano possui para libertar recordações dolorosas. Não é incrível?


Está relacionado com:

  • Conteúdos traumatizantes e / ou penosos;  
  • Recordações que causem angústia, medo ou dor;

Sigmund Freud apresentou um conceito de esquecimento relacionado com a sua teoria sobre o psiquismo humano, segundo a qual nós esquecemos o que, inconscientemente, nos convém esquecer.



Esquecimento por Interferência

A interferência ocorre quando tentamos recordar uma memória armazenada por um longo espaço de tempo e esta informação acaba por ser interferida / interrompida por informações mais recentes.

As memórias mais recentes interferem com a recuperação das mais antigas

Este esquecimento não implica que a recordação mais antiga tenha desaparecido, mas que outro conteúdo mnésico semelhante ao que tentamos recuperar causou uma confusão na nossa memória, tornando-se assim um obstáculo à reatualização da informação pretendida.

 


Imagem de http://www.brainlesstales.com/2013-10-22/i-forget



Mariana,

membro do blog Mais que uma Recordação, uma Memória! 

 


Fontes Recorridas:

“Portefólio de Psicologia” da autoria de Ana Rijo, http://anarijoh.blogspot.com/2010/03/tipos-ou-sistemas-de-memoria.html (consultado a 14/02/21, às 11:59)

“Memória e Esquecimento” da autoria de Trabalhos Feitos; https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Mem%C3%B3ria-e-Esquecimento/51435542.html (consultado a 14/02/21, às 12:01)

Comentários

  1. Sim, é muito importante podermos ativar o esquecimento, sobretudo, se o fizermos de uma forma consciente. Esquecer é tão importante para a nossa saúde mental como recordar, porque há memórias que nos fazem bem e outras que nos fazem mal. As que nos fazem bem devemos alimentar, as que nos fazem mal devemos resolver, deixando-as sair de nós sem culpa, nem pena.

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